sábado, 23 de novembro de 2013

Sem rumo

Me conta a verdade que eu sei que vai doer, mas vai doer menos que as máscara que prendem os meus sonhos. Diz logo quem habita o teu coração, que eu te expulsarei de vez do meu, por mais que recue. Mas não me deixa no meio do caminho, desequilibrada nessa ponte, sem saber se você está perto ou longe. Preciso de chão, gosto de firmeza, da terra. Odeio o céu por me fazer voar, odeio o mar por querer navegar em cantos desconhecidos. Me dê uma nuvem para descansar caso me queira. Me dê o fogo do inferno para queimar se ao teu coração não pertenço. Só não me deixa aqui de bobeira, escrevendo cartas e jogando em seguida na lareira.

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